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sexta-feira, 6 de maio de 2011

UMA CERVEJA PARA CHAMAR DE MINHA

Tem algumas modinhas que me deixam puto. Uma das que andam me irritando ultimamente é a das cervejas importadas e/ou artesanais. De uma hora para outra, o consumo desse tipo de cerveja explodiu, templos para apreciação destes líquidos preciosos foram criados e a quantidade de "especialistas" no assunto não para de aumentar. A ponto de já concorrerem com os chatos entendedores de vinhos.

Confesso que já experimentei e não me negaria a apreciar de novo algumas dessas Franziskaners ou Paulaners da vida. Meu problema não é com elas, e sim com o culto gerado em torno delas. Por isso se me perguntarem qual é a minha cerveja favorita, respondo sem pestanejar: Brahma, a nº1. E se alguém retrucar com um "tô falando sério", periga levar uma bordoada.

Não bebo cerveja para degustar, para apreciar, para saborear. Bebo cerveja em escala industrial, logo como não sou o Eike Batista, não tenho como lançar mão do meu suado dinheirinho para me embebedar com cervejas que custam 5, 10, 20 vezes mais do que as mais populares.

Todo bom frequentador dos botequins mais vagabundos tem a sua cerveja de fé, aquela para quando o garçom perguntar: "vão querer o quê?", a resposta já está na ponta da língua. Mesmo sabendo que as cervejas da Ambev são muito parecidas, a escolha da cerveja de fé não é qualquer coisa, é uma escolha de vida e diz muito sobre a pessoa.

E a minha escolha, mesmo sabendo que fui influenciado pelos grandes marqueteiros, é a nº 1. O número 1 que o Romário, gênio da grande área, fazia com o dedo indicador quando marcava seus gols. A brahminha do Zeca Pagodinho, esse brasileiro nato, representante de todos que queriam apenas levar a vida boa com a cervejinha do lado e acima de tudo botafoguense com muito orgulho.



Romário com a Copa do Mundo e fazendo o nº 1 da Brahma

Como sou um cara democrático, posso beber qualquer cerveja que a mesa do bar escolher. Mas se a escolha ficar por minha conta, a Brahma gelada é o que vai pintar na mesa.
Zeca e suas brahminhas

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