Pages

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ENCHENDO A PANÇA NO CACHAMBI

Conhecer um lugar elogiado por todos e já famoso há bastante tempo é sempre um risco. A expectativa é sempre grande, e assim sendo a possibilidade de frustação também é maior. Mas não é o caso do belo botequim (não é o uso mais correto da palavra) Cachambeer. O local já foi resenhado por diversos entendedores do assunto, logo fica difícil escrever algo diferente, mas vou tentar dar minha ótica sobre o lugar.

Como o lugar ficou famoso por participar do festival Comida di Buteco e por seu cozinheiro ir até o programa da Ana Maria Braga ensinar receita, achei a fila para entrar razoável, apesar de detestar ter que esperar em algum lugar para comer com tantas opções de restaurantes no Rio de Janeiro. Mas como a espera pela visita ao local tinha sido longa, decidimos aguardar. Não sei também se é sempre assim na casa, afinal chegamos num horário que parecia ser de pico, pois depois o público ficou menor, além de ser dia de Flamengo x Vasco e o Cachambeer ficar relativamente próximo ao Engenhão.

Na fila de espera a boa vontade dos garçons ficou clara, serviam chopes e petiscos para quem quisesse amenizar a dor da espera.

Da fila já dava para perceber que lá não é exatamente um lugar para ir a dois, o ideal é ir com um grupo grande pois as porções são realmente fartas, a famosa costela do lugar vem em proporção assutadora passeando pelo salão. Os pratos que dizem servir 2, servem 4, 5.

Estavámos só eu e a Mi, minha noiva, e fomos em busca de belisquetes saborosos de entrada. Pedimos os pastéis (eu de costela e ela de camarão), um hit da fila de espera. E o pastel não deixa nada a desejar, não é como em certos restaurantes que tem pastel só para cumprir tabela na hora das entradas. O pastel tem uma massa ok, mas o brilho está na generosidade e no capricho do recheio. A Mi, como boa mineira, quis provar o torresmo do local. E aí já não era mais surpresa para ninguém, a travessa transbordava torresmos com um preço bem em conta. Poderiam até ser mais carnudos que é como eu gosto, mas não dá para reclamar.

O chope também chegou gelado e o que é melhor: era da Brahma. Acho que os bares da cidade deveriam ser proibidos de vender esses chopes Sol ou Itaipava. Óbvio que até o chope da Brahma pode ser mal tirado, mal armazenado e quente. Porém quando é tirado da maneira certa e com pressão, a distância para os concorrentes é medida em anos-luz.

Para o prato principal optamos pelo palmito pupunha na brasa com camarão e catupiry. Eu fiquei dividido entre todos os pratos da casa: o cabrito, a costela, o joelho a pururuca, o porquinho, mas minha noiva é mais contida em matéria de orgias gastronômicas. A pedida foi acertada, o palmito é um troço de bom, e se fosse vendido em lugar mais requintado poderia vir com 1/4 do tamanho e o dobro do preço que a galera bateria palma e pediria bis.
Comemos até nos fartar e ainda sobrou mais da metade, que devidamente virou uma quentinha.

Pretendo voltar tantas outras vezes lá, de preferencia com grupos maiores para poder dar conta da fartura das porções e de opções do lugar.

P.S: Ainda mais sensacional é a chamada no cardápio do local: "Aqui não tem salada!". Vida longa ao Cachambeer.