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sábado, 21 de agosto de 2010

Glória do desporto nacional!

O Internacional coroou essa semana uma década perfeita. A coroa pode ficar ainda mais reluzente se ganhar a jóia do Mundial no final do ano. Mas posso dizer sem medo de errar que o Sport Club Internacional foi o maior clube da primeira década desse século.

Porque existiram outros times que jogaram futebol melhor que o Internacional em vários momentos dessa década, mas nenhum conseguiu de forma tão estruturada conquistar um caminho de vitórias nos últimos dez anos como o time da metade vermelha do Rio Grande do Sul. E mesmo se não conquistasse tudo que conquistou (2 Libertadores, 1 Mundial, 1 Sulamericana, 1 Recopa), talvez fosse o maior clube, mesmo que ninguém notasse. Pois até nas derrotas o clube provou que é grande. Afinal ninguém é 3 vezes vice-campeão nesse Brasileiro de pontos corridos a toa, sendo que em dois campeonatos, o título foi perdido no detalhe (sem falar da final da Copa do Brasil do ano passdo. E isso poderia abalar profundamente um clube que luta pra conquistar um Campeonato Brasileiro desde 1979. Nesse momento é que se prova a confiança inabalável criada entre time, diretoria e torcida.

Não é só na sala de troféus que se nota o gigante que o Inter se tornou nos últimos 5 anos. O programa sócio-torcedor é um exemplo para todo o país e ainda mais para os clubes de massa. Mais de 100 mil sócios, algo impensável em torcidas que se chamam de nação. O que impede que quem não seja sócio veja os principais jogos do Colorado.

Sem falar nas categorias de base que provam que o trabalho vai no caminho certo e fabricaram ótimos talentos nesse período: Alexandre Pato, Sóbis, Daniel Carvalho, Giuliano, Sandro, Taison, Possebon. O que dá a impressão que a força do Inter não vai parar por aqui. Tem tudo pra fazer cada vez mais história.

Vida longa ao Internacional cada vez mais internacional.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Muita calma nessa hora!

Então, como bom botafoguense e pra variar do contra, vou usar meu primeiro post para analisar a atual situação do Botafogo no Campeonato Brasileiro, e criticar a euforia causada na torcida (nem tão ruim) e também no próprio time (essa sim, péssima) pelo provisório lugar entre os 4 melhores times do campeonato.


Acho que a torcida tem mais é que comemorar mesmo, encher o Engenhão no próximo sábado e fazer a festa. Porém acho que o momento ainda é de bastante cautela, acho que essa posição momentânea pode enganar e frustar a expectativa da torcida. Digo isso porque apesar da 4ª colocação, uma derrota ou um empate pode colocar o time do Botafogo novamente no bloco intermediário. E acho muito perigoso quando técnico e jogadores compram o discurso de torcedor e dizem coisas como: “Se deixarem chegar, vamos brigar pelo título” – como disse o zagueiro Antônio Carlos em entrevista para o Lance!. Eu pelo contrário, acho que o momento é de humildade. Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Até porque nenhuma das atuações do Botafogo convenceram ninguém que esse time é brilhante, vai brigar pelo título ou pela vaga na Libertadores. Acho que o que foi demonstrado até agora é que o time não fará vergonha no campeonato e tem tudo pra fazer uma campanha digna. Algo além, é lucro.

E sobre o que o time tem demonstrado até agora é que eu quero me debruçar. Vejamos, depois de um longo martírio de 8 jogos sem vencer, o nosso Glorioso teve 3 vitórias consecutivas e mudou sua maneira de jogar. Analisando os adversários, sucessos protocolares contra dois times que se encontram na zona do rebaixamento e contra um time misto do Vitória, mais preocupado com a final da Copa do Brasil. Tudo bem que pro campeonato, duas vitórias fora de casa são ótimas. Mas a análise tem que ir mais além.

O Botafogo agora possui dois jogadores velozes e habilidosos, que caíram nas graças da torcida. Mas entendo que o bom futebol apresentado até agora tem a ver com a postura dos adversários, que estavam pendurados com a corda no pescoço, tinham que uma hora ou outra sair para o jogo e abriram espaço para os nossos audaciosos jogadores. Contra defesas mais fechadas, como foi o primeiro tempo com o Atlético-GO, não apresentamos um bom futebol. E isso, o Papai Joel vai ter que pensar quando escalar o nosso time para enfrentar os, provavelmente, retrancados e arrumadinhos times do Avaí e Ceará. E para furar retrancas acho que a nossa referência na área (Loco Abreu) e nosso enganche e homem das bolas paradas (Lúcio Flávio) podem ser necessários.

Apesar disso, a torcida tem mais é que fazer a festa. Apesar do abusivo e criminoso aumento de ingressos, tem que lotar o Engenhão nesses dois jogos e colocar os 6 pontos no bolso.